“Nitimur in vetitum” (Ovídio)
A noite se dissolve na alquimia dos afetos
os malditos mordem o umbigo das prostitutas
bem relaxados e o cérebro fervendo
feito chaleira de café.
A esfinge louca que somos se reconhece
os malditos mordem o umbigo das prostitutas
bem relaxados e o cérebro fervendo
feito chaleira de café.
A esfinge louca que somos se reconhece
no coração do mercado-noite
onde os animais furtivos
pedem uma dose de conhaque
para esquentar seus delírios e delitos
a fim de fugir da patologia
da normalidade repressiva.
Cá estamos nós entre homens e mulheres
nas avenidas e ruas da noite acesa
tragando a cachaça do momento único.
Aos cambaleios poético-etílicos traçamos
onde os animais furtivos
pedem uma dose de conhaque
para esquentar seus delírios e delitos
a fim de fugir da patologia
da normalidade repressiva.
Cá estamos nós entre homens e mulheres
nas avenidas e ruas da noite acesa
tragando a cachaça do momento único.
Aos cambaleios poético-etílicos traçamos
o mapa de nossos subterrâneos
como quem pesca nas madrugadas
como quem pesca nas madrugadas
do Rio Sergipe.
Uivamos canções ao proíbido
em que o animal inocente
Uivamos canções ao proíbido
em que o animal inocente
de Rilke nos diz: “é às noites
que minha alma se confia”.
Quando o dia abre os olhos
descobrimos que o céu e o inferno
se fundem no sangue-firmamento
de nossas secretas e sangrentas paixões.
Quando o dia abre os olhos
descobrimos que o céu e o inferno
se fundem no sangue-firmamento
de nossas secretas e sangrentas paixões.
(Pirro)