"Nu vermelho" (1917), por Amedeo Modigliani |
Faltou luz no Novo Paraíso
as
velas foram acesas
Estávamos sentados
feito fantasmas esquizofrênicos
com a cabeçativa
cervejando à luz de muitas idéias
O silêncio surgiu
de lugarnenhum
Os vagalumes de nossos olhos
perdidos nos contornos da fumaça
Atômicos lampejos
escupiam
a geografia
de
seu corpo trêmulo
Lembrei dos velhos dias
quando um carnaval de gametas
dançavam em nossos poros
que sempre nos
sustenTARA
Num gesto último
olhei seus olhos de puta quente
e saí abraçando a noite
deixando para
trás
uma esfinge
“devoradora de hombres”
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