Joguei fora minhas últimas ilusões
entrei na arena
de cambalhota
com a camisa ensopada de suor
os nervos acesos de bright
as pestanas queimando como brasa
através de dias e noites sem dormir.
Escapei de todos os fantasmas
estralei os dedos,
cerrei os punhos
e saí gritando pro mundo:
“dá licença que estou passando”.
Em meio aos parabéns
e olhares esquivos,
senti os pés no calor da terra
e o sol dentro da cabeça
no ano de minha primeira colheita.
Bêbado de entusiasmo
farejei meu próprio mundo
de novo o grito veio com gosto:
“vamos comemorar!”
Mandei convites
para os camaradas
e aluguei um bar.