I. INTRODUÇÃO
... A verdade da primeira
dissertação e a psicologia do cristianismo: o nascimento do cristianismo, do
espírito do ressentimento, não como se crê, do espírito – um antimovimento em
sua essência a grande revolta contra a dominação dos valores nobres. A segunda dissertação oferece a psicologia da
consciência: a mesma não é, como se crê, “a voz de Deus no homem” – é o
instinto de crueldade que se volta para trás, quando já não pode se descarregar
para fora. A crueldade pela primeira vez
revelada como um dos mais antigos e indeléveis substratos da cultura. A terceira dissertação dá resposta à questão
de onde procede o tremendo poder do ideal ascético, o ideal sacerdotal, embora o
mesmo seja o ideal Naciso por excelência, uma vontade de fim, um ideal de
decadência. Resposta: não porque Deus
atue por trás dos sacerdotes, mas sim faute
de mieux (por falta de coisa melhor) – porque foi até agora o único ideal,
porque não tinha concorrentes. ‘Pois o
homem preferirá ainda querer o nada a nada querer...’ Três decisivos trabalhos
de um psicólogo, preliminares a uma trensvaloração de todos os valores. – Este
livro contém a primeira psicologia do sacerdote. (NIETZSCHE, Ecce Homo:
Genealogia da Moral: um escrito polêmico, p. 97-98).
Pretendo
nesta pequena exposição tratar de uma obra crítica, histórica, polêmica e
imprescindível para compreender o espírito do século XIX e XX. A obra em questão é intitulada Genealogia da
Moral: uma polêmica (1887), do filósofo alemão Frederich Wilhelm
Nietzsche. A obra acima citada versa
sobre: a psicologia da moral cristã; a origem histórica da moral; e sobre o
valor da moral cristã. Estando dividida
em três dissertações: “Bom e mau”, “bom e ruim”; “culpa”, “má consciência” e
coisas afins. O que significam ideais
ascéticos? A “Primeira dissertação”,
trata da origem histórica dos conceitos de “Bom e mau”, “bom e ruim” e dos
preconceitos morais tomados como verdades eternas e a-histórica. Como também, dá psicologia da moral do
ressentimento cristão. A “Segunda
dissertação, trata da psicologia do ressentimento, enfocando o aspecto da
“crueldade” em várias épocas e povos, mas sempre voltada aos termos “culpa” e
“má consciência”. A “Terceira dissertação”, trata dos ideais endeusados pelo
homem como positivo, os ideais sacerdotais, isto é, os ideais ascéticos. Como também, do surgimento do ateísmo como
uma meta entre outras metas a serem construídas na história em oposição e
superação do niilismo, ou seja, da moral cristã. [1]
A genealogia da moral define
esse tipo de niilismo a partir de suas três figuras principais: o
ressentimento, a má consciência, o ideal ascético” (MACHADO, 1999, p.59).
Para
a análise e exposição da tipologia do caráter, farei uso da primeira
dissertação, “Bom e mau”, “bom e ruim”, para mostrar os tipos – ou modelos – de
homens existentes na história e suas respectivas morais, tendo como fim uma
crítica ao valor da moral cristã.
Diferenciando a moral do “animal de rebanho” da moral das “aves de
rapina”, visando ressaltar as diferenças fisiológicas e valorativas. Sempre relacionando estas com suas origens
históricas e observando o valor desses posicionamentos morais para com a
vida. Para tal objetivo seguirei a
perspectiva metodológica de Nietzsche.
II. MÉTODO
Meu desejo em todo caso, era
dar a um olhar tão agudo e imparcial uma direção melhor, a direção da efetiva
histórica da moral, prevenindo a tempo contra essas hipóteses inglesas que se
perdem no azul. Pois é obvio que uma
outra cor deve ser mais importante para um genealogista da moral: o cinza, isto
é, a coisa documentada, o efetivamente constatáveis, o realmente havido, numa
palavra, a longa, quase indecifrável escrita hieroglífica do passado moral humano
(NIETZSCHE. Genealogia da Moral, p.13;
Aforisma 07 do Prólogo).
O
método genealógico de Nietzsche consiste em interpretar os fatos a partir de
“diversas óticas”, ou melhor, sobre diferentes “ciências”. Para tal interpretação faz uso destas
diversas ciências – História, Etimologia, Filosofia, Ciências da Natureza,
Fisiologia, Psicologia – disponíveis no séc. XIX – para mostrar as contradições
dos preconceitos morais existentes na visão de mundo sacerdotal e para
“humilhar” a valoração – WERTSCHÄTZUNG – dos “ideais erigidos” pelo
cristianismo, que moraliza a vida e retira seu valor primordial. “Este orgulho deve ser humilhado, e esta
valorização desvalorizada: isso foi feito?” (NIETZSCHE, Genealogia da Moral,
Aforisma 02, p.19). O filosofo alemão,
toma partido da vida – vontade de poder (Wille Zur Macht) – e aceita a realidade efetiva como
dada, o mundano é o que existe, em outras palavras, o mundo histórico-fenomênico.
A análise histórico-filosófica da moral
também remete à concepção da vida como força, como potência ou como vontade de
potência que lhe serve de
fundamento. E o que se revela, então, é a grande
antinomia entre a moral e a vida: a
moral, como manifestação da fraqueza
e insurreição contra a vontade afirmativa de potência, é uma negação da vida, um
combate contra seus valores mais fundamentais” (MACHADO, 1999, p. 11-12).
O
perspectivismo (Perspektivische)
histórico serve como método e fundamento para questionar qual a origem
histórica dos conceitos de “Bom e mau” (Gut
und Böse), “bom e ruim” (Gut und
Schlecht), entendendo origem histórica, como surgimento, como aparecimento
destes termos. A história efetiva seria
o que aconteceu na realidade, e não como se apresentam nas construções
idealizadas dos sacerdotes e dos filósofos.
Lembrando que o autor faz uma ponte histórico-filológica-filosófica com
a atualidade, compreendendo atualidade como mentalidade do século XIX e dos
dois séculos seguintes para compreensão e efetivação da filosofia nietzscheana
e finalmente a concretização da derrocada do cristianismo. Para seu intento, o discípulo de Dionísio,
distinguirá épocas, povos, hierarquia dos indivíduos, raças, regiões e seus
climas, com o objetivo de mostrar a “fisiologia” – percebendo o corpo como
indistinto da alma, como um único corpo, ou seja, a psicologia é intrínseca a
fisiologia, sendo distinguidas apenas por analogia – das duas morais existentes
no ocidente. Assim, compreende-se porque
a genealogia é cinza, documental, literária e histórica. “A genealogia é cinza; ela é meticulosa e
pacientemente documentária. Ela trabalha com pergaminhos embaralhados,
riscados, várias vezes reescritos” (FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. In: II – Nietzsche, A Genealogia e a
História, p. 15). Portanto ser cinza é
tomar o que realmente existiu como base para uma interpretação profundamente
baseada na história efetiva. E julgar a
partir de fundamentos documentais os tipos e morais existentes na história do
pensamento.
III.
TIPOLOGIA DO CARÁTER
– A rebelião escrava na moral começa quando o próprio
ressentimento se torna criador e gera valores: o ressentimento dos seres aos
quais é negada a verdadeira reação, a dos atos, e que apenas por uma vingança
imaginária obtêm reparação. Enquanto
toda moral ‘nobre nasce de um triunfante Sim a si mesma, já de início a moral
escrava diz Não a um “fora”, um “outro”, um “não-eu” – e este Não é seu ato
criador. Esta inversão do olhar que
estabelece valores – este necessário dirigir-se para fora, em vez de voltar-se
para si – é algo próprio do ressentimento: a moral escrava sempre requer, para
nascer, um mundo oposto e exterior, para poder agir em absoluto – sua ação é no
fundo reação. O contrário sucede no modo
de valoração nobre: ele age e cresce espontaneamente, busca seu oposto apenas
para dizer Sim a si mesmo com ainda maior júbilo e gratidão – seu conceito
negativo, o “baixo”, “comum”, “ruim”, é apenas uma imagem de contraste, pálida
e posterior, em relação ao conceito básico, positivo, inteiramente perpassado
de vida e paixão, nós, os bons, os belos, os felizes! (NIETZSCHE, Genealogia da
Moral, Aforisma 10, p.29).
Existiram – e
existem – dois tipos de homem na história efetiva, que tinham olhares diferentes
sobre a vida. Os representantes de cada
moral valorava a realidade de modos antagônicos: o cristão vê a vida como um
fardo e o nobre vê a vida como alegria.
Esses dois modelos dialéticos estão na base da formação da cultura
ocidental. De um lado a moral do homem
nobre, forte, viril, guerreiro, senhor de si, o mais belo dos animais: “a ave
de rapina”. Do outro, o mais belo
representante da moral da “decadance”,
o cristão. O modelo de tudo que é fraco,
covarde, doente, aleijão, que atende pelo nome de “ovelha”.
Tese
central de Nietzsche: a existência, não de uma única, mais de uma dupla origem
dos valores morais e de uma oposição histórica irredutível entre dois tipos
fundamentais de moral: uma “moral dos mestres” e uma “moral dos escravos”, ou,
para usar as expressões de Crepúsculo dos ídolos, uma “moral sadia”, natural,
regida pelos instintos da vida, e uma “moral contranatural” voltada contra os
instintos da vida. Dois tipos de moral, afirma Nietzsche, mas que na realidade
são totalmente heterogêneas, nada têm em comum, implicam uma diferença de
níveis, uma hierarquia, mesmo que, como tipos, existam em uma mesma sociedade e
até em um mesmo indivíduo. Em outros
termos, a “moral dos mestres”, a “moral sadia”, mais propriamente do que uma
moral, é uma ética. (MACHADO, 1999, p.61).
A moral escrava
que é representada pelos pastores nômades, os judeus e seus filhos os cristãos
que afirmam o ressentimento em suas diversas manifestações. Tal moral é concebida como doença mental,
amolecimento do cérebro e é acompanhada por um desarranjo espiritual, este
quadro sintomático leva-nos a perceber a anemia profunda e a fraqueza estomacal
causada pelo cristianismo, além dos retrocessos históricos, morais e
fisiológicos ocasionado pelo mesmo. O
cristianismo é considerado pelo autor como um atavismo (NACHSCHLAG). As “ovelhinhas” ressentidas não apontam um
sentido real na história para o animal-homem, pois ao afirmar o que está “por
traz do mundo”, retiram o valor da vida para colocar em outro mundo, um mundo
ficcional. Sublimando seus anseios em
Deus – ou nas palavras de Nietzsche, no “nada” – e em suas recompensas no
céu. Do fundo da mente (judaica) cristã
brota a vingança contra os senhores na forma de “purgatório” e de “juízo
final”, deliram e entram em êxtase só de pensar em tal idéia. Tudo isso para justificar sua impotência
diante da vida, ou seja, sua fraqueza constitutiva. Vejamos o ressentimento sob a perspectiva de
Roberto Machado:
O ressentimento é o
predomínio das forças reativas sobre as forças ativas. O ressentido é alguém
que nem age nem reage realmente; produz apenas uma vingança imaginária, um ódio
insaciável... Criando um inimigo que considera malvado e imaginando uma
vingança contra seus valores, o que faz o ressentido é dar sentido a sua falta
de força: o outro é sempre culpado do que ele não pode, do que ele não é. Concebendo
o inimigo forte como malvado, o ressentido – que é fraco, que é o seu oposto,
que é a negação dos valores que o outro institui pode então se considerar, ou
melhor, se imaginar bom. Atitude
diametralmente oposta à dos aristocratas que se autoposicionam bons, consideram
mau o que é comum, o que não lhes é igual, e não desprezam, ao contrário,
veneram os inimigos, isto é, também os consideram bons. (MACHADO, 1999, p.
64-65).
Nietzsche fará o
desmascaramento do cristianismo ao mostrar que o cristão por não ser forte e
atuante na história, por não conseguir vencer pela força e pela astúcia os
senhores, ressentem-se. Voltam-se contra
tudo que é forte, belo, nobre, guerreiro e senhor, através da espiritualização
do seu ódio e da vingança criadora de valores.
Esta espiritualização garante a vitória temporária do cristianismo
nestes últimos dois mil anos.
Percebemos que
Nietzsche toca na ferida do cristão ao fazer sua psicologia, isto é, entender
como funciona a mente do animal plebeu e quais os ressentimentos e os
preconceitos morais que os move.
A outra moral
trata do modo de valorar aristocrático, o tipo nobre. Tal tipo de valoração atribui um sentido
positivo e afirmativo da vida, sendo a existência – empírica – quem possui o
valor supremo. Nietzsche, afirma que é intrínseca
à natureza uma hierarquia entre os homens e, consequentemente, que existem
desigualdades entre os homens da moral aristocrática e da moral
sacerdotal. Esse homem nobre cunhou os
termos “bom e ruim” e deu nome as coisas, lembrando que não pela utilidade, ou
pela compaixão, mas sim, por vontade e necessidade. Vejamos:
Foram os “bons” mesmos, isto é, os nobres, poderosos,
superiores em posição e pensamento que sentiram e estabeleceram a si e as seus
atos como bons, ou seja, de primeira ordem, em oposição a tudo que era baixo,
de pensamento baixo, vulgar e plebeu.
Desse phatos da distância é que
eles tomaram para si o direito de criar valores, cunhar nomes para os valores:
que lhes importava a utilidade. Esse
ponto de vista da utilidade é o mais estranho e inadequado, em vista de tal
ardente manancial de juízos de valor supremos, estabelecedores e definidores de
hierarquias: aí o sentimento alcançou bem o oposto daquele baixo grau de calor
que toda prudência calculadora, todo cálculo de utilidade pressupõe – e não por
uma vez, não por uma hora de exceção, mas permanentemente. O phatos
da natureza e da distância, como já disse, duradouro, dominante sentimento
global de uma elevada estirpe senhorial, em sua relação com uma estirpe baixa,
com o “sob”- eis a origem da oposição “bom” e “ruim”. (O direito senhorial de dar nomes vai tão
longe, que nos permitiríamos conceber a própria origem da linguagem como
expressão de poder dos senhores: eles dizem “isto é isto”, marcam cada coisa e
acontecimento com um som, como que apropriando-se assim das coisas). Devido a essa providência, já em princípio a
palavra “bom” não é ligada necessariamente a ações “não-egoístas” como quer a
superstição daqueles genealogistas da moral (NIETZSCHE, Genealogia da Moral,
Aforisma 02, p.19).
Assim o animal
de rapina, fez uso do “pathos da
distância”, essa noção de ser diferente, de ser referência, isto é,
modelo. Ao afirmar essa mesma diferença
– a partir de si mesmo – e tomar para si o direito de dar nomes às coisas e aos
seres. “Bom” para essa moral é o que
aumenta a potência, que eleva a força e a estirpe. Sendo a guerra um lugar onde esse animal
superior manifesta sua força e sua crueldade.
A besta nobre, afirma o egoísmo como valor a ser tomado em uma escala de
valoração elevada. Vemos, claramente, as
diferenças entre os hábitos dos cristãos, que afirmam ser a “guerra um mau
negócio” e que os “hábitos hostis a ação” devem ser ressaltados e tomados na
mais alta estima.
A crítica aos
“genealogistas da moral” será incisiva, por eles serem maus interpretes da
história da moral. Irá direcionar-se
principalmente contra os psicólogos ingleses, mas especificamente, contra o
“Dr. Paul Rée” – seu desafeto –, que mergulhado na teoria da “besta
darwiniana”- lembremos que o século XIX, fora muito influenciado pelas teorias
de Darwin –, que acreditava que existisse um aperfeiçoamento moral e científico
do homem, como também, em uma crença – superstição – cega na genealogia da
moral a-hsitórica. Esses psicólogos
ingleses levaram tão a sério a evolução, que acreditam em ideais femininos-democráticos
como valores universais, tais ideais, são: o não egoísmo; a compaixão; a
utilidade; o esquecimento; a liberdade e, por fim, “o erro”.
Todo
respeito, portanto, aos bons espíritos que acaso habitem esses historiadores da
moral! Mas infelizmente é certo que lhes falta o espírito histórico, que foram
abandonados precisamente pelos bons espíritos da história! Todos eles pensam,
como é velho costume entre filósofos de maneira essencialmente a-histórica;
quanto a isso não há dúvida. O caráter
tosco da sua genealogia da moral se evidencia já no início, quando se trata de
investigar a origem do conceito e do juízo de “bom”. “Originalmente” – assim eles decretam – “as
ações não egoístas foram louvadas e consideradas boas por aqueles aos quais
eram feitas, aqueles aos quais eram úteis; mais tarde foi esquecida essa origem
do louvor, e as ações não egoístas, pelo simples fato de terem sido
costumeiramente tidas como boas – como se em si fossem algo bom”. Logo se percebe: esta primeira dedução já
contém todos os traços típicos da idiossincrasia dos psicólogos ingleses –
temos aí “a utilidade”, “o esquecimento”, “o hábito” e por fim “o erro”, tudo
servindo de base a uma valoração da qual o homem superior até agora teve
orgulho, como se fosse um privilégio do próprio homem. (NIETZSCHE. Genealogia da Moral, Aforisma 02, p. 18).
Não é como
pensam os psicólogos ingleses que acreditam terem surgido os juízos de bom com
o cristianismo e que as ações não egoístas em sua origem eram tidas como boas.
E somente através do “esquecimento” os homens adormeceram e perderam-se nas
lembranças o valor “positivo” do não-egoísmo. Vejamos a perspectiva de Michel
Foucoult:
Paul Rée se engana, como os ingleses, ao descrever
gêneses lineares, ao ordenar, por exemplo, toda a história da moral através da
preocupação com o útil: como se as palavras tivessem guardado seu sentido, os
desejos sua direção, as idéias sua lógica; como se esse mundo de coisas ditas e
queridas não tivesse conhecido invasões, lutas, rapinas, disfarces, astúcias. A
genealogia exige, portanto, a minúcia do saber, um grande número de materiais
acumulados, exige paciência. Ela deve
construir seus “monumentos ciclópicos” não a golpes de “grandes erros
benfazejos”, mas de “pequenas verdades” inaparentes estabelecidas por método
severo. Em suma, uma certa obstinação na erudição. A genealogia não se opõe à história como a
visão altiva e profunda do filósofo ao olhar de toupeira do cientista; ela se
opõe, ao contrário, ao desdobramento meta-histórico das significações ideais e
das indefinidas Teleologias. Ela se opõe
à pesquisa da origem. (FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. In: NIETZSCHE, A
Genealogia e a História, p.15).
Percebe-se que
os psicólogos ingleses, na busca da origem da moral perdem-se em um emaranhado
de conceitos – ou seria preconceitos – desvinculados da história realmente
havida, pois a história é movida por sangue, egoísmo e crueldade. Esses ingleses com suas idiossincrasias, ou
seriam valores culturais desconheceram o cinza da genealogia, consequentemente,
perdendo-se no azul do céu.
IV. BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, V. D. Nietzsche e a
dissolução da moral. São Paulo: UNIJUÍ,
2000.
BRUM, J.T. O Pessimismo e suas
Vontades: Schopenhauer e Nietzsche. Rio
de Janeiro: Rocco, 1998.
FOUCAULT, M. Microfísica do
Poder. Trad. Roberto Machado. Rio de
Janeiro: Graal, 1995.
GILES, T. R. História do
Existencialismo e da Fenomenologia. São Paulo: EPU, 1989.
HEERS, J. História Medieval. Trad.
Tereza Aline Pereira de Queiroz. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1974.
MACHADO, Roberto. Nietzsche e
a Verdade. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
NIETZSCHE, F.W. Genealogia da Moral: uma polêmica. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
_______________. Além do Bem e do Mal: prelúdio a uma
filosofia do futuro. Trad. Paulo César
de Souza. São Paulo: Companhia das
Letras, 1996.
_______________. O Anticristo: maldição do cristianismo. Rio de Janeiro: Clássicos Econômicos Newton, 1996.
_______________. Crepúsculo dos Ídolos ou a Filosofia a Golpes
de Martelo. Trad. Edson Bini e Márcio Pugliesi. São Paulo: Hemus, 1984.
_______________. Ecce Homo: como alguém se torna o que é. Trad.
Paulo César de Souza. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
[1] Nas
palavras de Nietzsche, em sua autobiografia Ecce homo, ficam claras em seu comentário sobre a genealogia da moral,
seu ponto de vista sobre sua obra. Vejamos: “... a verdade ... do sacerdote”.
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