Panóptico

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AMORES CORTÊSES (por Pirro)


"Faust Trying to seduce Margarete" (1828) by Delacroix





















Sem grana pra Pousada Sergipana
arrastei Beatriz do Bar de Dona Dil,
pulamos o muro do cemitério João Batista
e transamos sobre o túmulo de Dante
que batia bronha ao lado da Virgem
no céu do seu inferno.
Laura pegou meu pardal no “Pipo's” Bar
Cheia de birita e atenção pra dar,
enquanto o carroceiro Petrarca
ouvia Chitãozinho e Xororô
afogado em litros de Pedra 90.
Marília do Ponto Novo 
me encontrou na universidade
me segredou que Dirceu ficava brocha
quando cheirava cocaína...
Sem muita conversa e rima,
eu a convidei passando a mão
no cavanhaque de uma ideia lá embaixo:
ela aceitou e fomos para fora da cidade,
mergulhamos nos confins da noite
currando seu rabo-de-saia
e lendo Bukowski até o sol raiar.
                                                                                         (Pirro)

2 comentários:

Celso Augusto, O autor dos rebentos disse...

Curti essas imagens no túmulo de Dante que batia bronha ao lado e o final, no cavanhaque de baixo e currando o rabo de saia.

Pirro disse...

Então, você tem tino pra estética das palavras. Mas foi uma forma metáforica encontrada pra dizer o que todos podem constatar a estética do baixo calão. Abraço.