Panóptico

domingo, 14 de setembro de 2014

SURREALISMO POLÍTICO (Pirro)























 
"Ao vencedor, as batatas".
(Machado de Assis)
                              
 Lá se vão os lobos com palavras de anjos
Ganindo pelas ruas de concreto e lama        
Antropofagia de tupinambás espertos,
Sem sarna e com Sarney
Os lobos negociando, conspirando,
Criando estratégias para abocanhar o poder,
Os lobos encenam-se como oposicionistas
De trincheiras amistosas no teatro Tobias Barreto.
Eles ocultam um segredo nessa tragicomédia mundial:
O segredo da loucura pelo dinheiro,
O doce... o pomposo, o vaidoso poder!...
                   Eila! A Matrix...
Galaxys universais, facebookers
Twitters, chips mentais
What’s up!... dizem as ovelhas universotárias.
 
                             II
 
De repente, de uma queda surge Marina
Nevando com Aécio, avexando a revolucionária...
Ela retorna como uma múmia meio Mona Lisa
A Maria do povo, do João-ninguém e solícitos Francos,
Que sacrificou a própria família
pela coligação da astúcia,
Maria tão pálida, tão santa, tão honesta
Com brilho de plástica e botox
E jeito de feiticeira católica.
Elas retornam para reuniões vantajosas
Com muitos líderes bem intencionados
                        Da Matrix
galaxys universais, facebookers,
Twitters, chips mentais
WhatsApp!... dizem as ovelhas da paz e da Justiça.
 
                             III
 
Os lobos vendem boas intenções
A um alto custo e curto prazo
Quando estão rezando na Catedral
              E armando no Congresso.
As conexões, a grana, os chás, os consensos,
Os seletos lobos bebendo Seleta e Old parr
Rindo dos bestilizados e parasitários
Fetichizados pelas esmolas clientelistas,
sem educação, mas com diploma de doutor...
Os filhos da besta cega,
tecnologizados, fartos ou famintos
                   Na Matrix          
Galaxys universais, facebookers
Twitters, chips mentais…
WhatsApp!... dizem as ovelhas dos templos evangélicos.
 
                             IV
 
Os lobos empenham as palavras a ferro frio
Palavras ditas in nome dei...
Arregimentam o cabo eleitoral,
O cargo de comissão, voto de cabresto e de miséria...
Os lobos mapeiam o território
Pelas engrenagens dos cartéis de bandidos engomados,
Para meter a mão no controle-remoto da Matrix.
Todos os partidos partem o bolo de ouro,
E a política secreta, fragmentária, suspeita continua
Partindo, subtraindo, in-gerindo
Pelas graças do espírito santo e dos três poderes.
Ela continua num acordo “transparente”,
vigiada pelas câmeras, holofotes e radares
                 Da Matrix
Galaxys universais, facebookers,
Twitters, chips mentais…
WhatsApp!... dizem os jovens sábios da nação.

                                V
 
Os tempos continuam...
Os lobos terão nomes de praças e viadutos,
E, com desespero, aspiram à eternidade
Para durar na Matrix... e ficar condecorado
No monumento da história da barbárie.
                Eis a Matrix
Galaxys universais, facebookers
Twitters, chips mentais
What’s up...! dizem os lobos honestos de deus.

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